quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Plano de aula-Bullying- temdetudo24hs















Disciplina: Língua Portuguesa/ Atividade Interdisciplinar
Público Alvo: 3º Ano – Ensino Médio
Tema: Bullying
Tempo Estimado: 06 Aulas

Justificativa:
A prática do bullying é uma realidade presente tanto nas nossas escolas como fora dos seus muros. As vítimas dessa prática carregam marcas profundas por toda a vida e muitos acabam até, cometendo suicídio. É papel também da escola conscientizar os seus educados sobre o tema, ensinando-os a não praticar ou tolerar qualquer tipo de violência, de preconceito e de desrespeito ao próximo.
Objetivo Geral:
Propiciar ao alun, a oportunidade de aprofundamento no tema proposto, preparando-o para o debate e posicionamento crítico sobre o mesmo.
Objetivos Específicos:
1. Reconhecer o bullying como uma realidade presente dentro e fora das escolas.
2. Identificar as características do bullying.
3. Analisar o comportamento e as práticas violentas entre os jovens.
4. Perceber o bullying como resultado de preconceitos enraizados socialmente.
5. Despertar para a valorização de si e do outro.
6. Exercitar a expressão e desenvolver o senso crítico.
Habilidades:
Observar, diferenciar, analisar e opinar.
Desenvolvimento:
1ª aula: 50 minutos
O professor anunciará o tema da aula, questionando a turma sobre o que sabem a respeito do mesmo. Abre-se um momento para a socialização do conhecimento prévio. Em seguida, os alunos serão conduzidos ao laboratório de Informática e convidados a acessar o endereço:http://revistaescola.abril.com.br/bullying, onde encontrarão relevantes informações acerca do tema, informações dispostas no formato pergunta/resposta. O professor acompanhará a sequência das perguntas juntamente com os alunos, fazendo comentários e ouvindo os alunos acerca das suas opiniões.

2ª aula: 50 minutos
Continuidade ao processo. Neste link, ao final da discussão, os alunos poderão postar suas opiniões sobre o tema.
3ª aula: 50 minutos
Exibição, por parte do professor, de um breve vídeo: “O que é bullying/bullying nas escolas”-
e de dois depoimentos de adolescentes (Felipe e Isabela), ambos vítimas de bullying e cyberbullying (termo esse também discutido nas aulas anteriores). Tais depoimentos foram dados no Programa Altas Horas (Rede Globo de Televisão).
( Todo o material disponível no endereço: http://bullyingportalprofessor.wordpress.com .)
Após a exibição do material, os alunos serão convidados a expressarem oralmente suas impressões e opiniões sobre o que viram. O professor deverá chamar a atenção para as consequências da prática do bullying sobre as vítimas.

4ª aula: 50 minutos
Produção de textos. Individualmente, os alunos deverão produzir um texto dissertativo sobre o tema, utilizando argumentos favoráveis ao seu ponto de vista. Após corrigidos, os textos deverão ser expostos num mural da escola.
5ª aula: 50 minutos
Divisão da turma em grupos. No Laboratório de Informática, os grupos deverão postar no blog da escola a resposta da enquete: “A escola pode ou não ajudar no combate ao bullying?” (enquete anteriormente postada no blog pelo professor).
6ª aula: 50 minutos
Socialização dos textos produzidos pelos grupos em resposta à enquete.
Recursos:
Computador, TV Pendrive, Datashow, Internet e Vídeo-clip.
Avaliação:
- Participação e contribuição (individual) nas discussões durante as aulas.
- Produção individual de texto.
- Produção textual em grupo.

Referência Bibliográfica:
- SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: Mentes perigosas nas escolas. Rio de janeiro: Objetiva, 2010.
- Http://bullyingportalprofessor.wordpress.com
- Http://revistaescola.abril.com.br/bullying




terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Limão,mais que uma fruta,

Segundo um blog muito bom que era saúde agora, não é conhecida fruta mais eficiente na área da medicina que o LIMÂO.Ele previne e combate enfermidades,ele é antisséptico,é rico em ácido cítrico .O limão é um das principais fontes de vitamina C.Ele age como rejuvenescedor,combate a fermentação gastrointestinal , ele previne equimose ,promove cicatrização da pele,mantém os tendões fortes e sadios .
Homens e mulheres são recomendados a usar 60 mg de vitamina contida no limão ,sendo que os fumantes precisam usar 100mg ou mais para repor as vitaminas gastas pelo fumo,ou seja,em condições normais só precisamos ingerir apenas dois limões para suprir a necessidade de vitamina C. Ele favorece também na produção de hemoglobina nas hemácias sanguíneas O limão previne contra o Câncer e doenças cardíacas. Os ácidos do limão - cítrico,oxálico e málico – encontram se combinados com potássio, formando sais neutros.Pesquisadores descobriram que em frutas ácidas ,principalmente o Limão são alcalinizantes
da urina e do sangue.No consenso médico ,as doenças só se propaga em ambientes ácidos ,adquirido com o consumo exagerado de ,carnes vermelhas,ovos, carnes suínas,chocolates,refrigerantes,maioneses,katchap, e outros produtos do consumo atual que eleva a acidez do sangue e não em ambientes alcalinos adquirido com o consumo de a limentos que sejam alcalinos como o limão que apesar de ser ácido ,o limão contém citrato de potássio ,que se transforma em carbonato de potássio alcalinizando a urina e o sangue.
Segundo o Doutor Ch. Fies Singer: "O ácido cítrico do limão,transformado no organismo em citrato de sódio e em carbonatos alcalinos,exerce ação comparável à do bicarbonato de sódio, alcalinizando a urina e amenizando
a hiperacidez do estômago após as refeições."
Enfim o limão é um dos melhores alimentos contra a viscosidade do sangue onde ocorre potencialmente os riscos de doenças cardiovasculares.

domingo, 26 de janeiro de 2014

ATIVIDADE AVALIATIVA DE CIÊNCIAS


Atividade avaliativa da I unidade -CIÊNCIAS
1- No que se refere a propriedade gerais da matéria ,leia com muita atenção as afirmações a seguir e escreva V nas afirmativas verdadeiras e F nas afirmativas falsas (0,5)
a)( ) Um material fosco é aquele que permite a passagem de luz .
b)( )Os eletricistas utilizam luvas de borracha para realizar consertos na rede elétrica e, portanto protegem-se de possíveis choques elétricos.
c) ( ) Flexibilidade e elasticidade são duas propriedades ligadas ao comportamento dos matérias quando eles interagem com esforços que atuam no sentido de dobra-los e/ou estica-los .
d) ( ) Permeabilidade é uma propriedade caracterizada pela passagem de um material através de outro.
2-Com relação com as substancias químicas enumere as palavras da coluna direita com as informações da coluna da esquerda(0,25)
( 1 ) substancias químicas simples ( ) água mineral
( )cloro
( 2 ) substancias químicas compostas ( ) sacarose
( ) cobre
3-Associe os elementos químicos com os seus respectivos símbolos ( 0,5)
(H ) ( ) Cobre
( O ) ( )Carbono
( U ) ( )Hidrogênio
( C ) ( )Oxigênio
4-Conforme estudos realizados assinale a alternativa correta 1, 0)
a)Qual a concepção de átomos para os gregos antigos?
( )uma partícula de cargas elétricas.
( )uma partícula indivisível
( )todas as alternativas estão corretas.
( )nenhuma das alternativas
b)Partículas que formam as moléculas ,são denominadas de:
( )substâncias
( )átomos
( )matéria
c)São fatores dos estados físicos que determinam a distância entre as moléculas :
( )força de coesão,repulsão e vibração.
( ) força de vibração e pressão.
( ) força de repulsão,coesão e temperatura.
d)È o estado em que as partículas estão muito próximas,fortemente ligadas entre si:
( ) sólido ( )gasoso ( )líquido
5- Diante do que foi estudado sobre a química responda as questões abaixo:
a)Um mesmo elemento químico pode fazer parte de mais de uma substância química?Dê exemplo. (0,25)
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b) Os alquimistas deram uma grande contribuição para a humanidade no desenvolvimento da química .Dê exemplos de duas delas,(0,5)
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c) Falando sobre contribuições quais você poderia dar para intensificar a reciclagem de plásticos e a coleta seletiva,com a separação de componentes do lixo em sua própria casa ?(0,5)
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d) Para você o que é sustentabilidade?(0,5)
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e) Quais atitudes você tomaria para que o Planeta Terra continue sendo um planeta sustentável?(1.0)
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Avaliação da Aprendizagem: concepção de aprendizagem


Durante muito tempo a noção de ensinar e de aprender ou apreender, tem sido mal interpretada.
Fernando Becker concebe a pedagogia diretiva – concepção tradicional como um processo fragmentado, fechado e centrado no papel do professor. Há quem ainda afirme que ensinou, mas o aluno que não aprendeu essa ainda é a realidade na prática educacional de muitos professores.
O professor é considerado o detentor do saber e o aluno mero receptor, o conhecimento é passado de forma passiva, no qual foi chamado por Paulo Freire de “Educação Bancária”. Nesta concepção os conhecimentos trazidos pelos alunos não são valorizados. E a avaliação nesse processo visa meramente classificar o aluno em bom ou ruim, possuindo aspectos punitivos e excludentes.
Já na concepção emergente ou construtivista o professor é mediador do processo de ensino-aprendizagem, e o educando é co-autor deste processo. Os erros são considerados como instrumentos para a construção do conhecimento. E a avaliação é concebida como um processo dinâmico, prazeroso e visa o desenvolvimento de habilidades e de uma reflexão mais apurada do processo de ensino-aprendizagem. Professor e aluno são parceiros no processo.
A base epistemológica que diferencia o sujeito do objeto na abordagem tradicional, é que o sujeito é o centro do conhecimento e o objeto é tudo que o sujeito não é. Neste enfoque, somente o professor é capaz de transmitir o conhecimento e o aluno é considerado como uma folha de papel em branco, ou seja, sem conhecimento.
Essa concepção empírica nega o sujeito o direito de construir o conhecimento, nega-lhe as potencialidades e acredita que os sujeitos são incapazes.
Mas, na abordagem emergente – a construtivista tem por sua base epistemológica colocando o aluno/sujeito e objeto como um processo de interação. Ambos são vistos como parceiros e responsáveis pela construção do conhecimento.
Para Anastasion a concepção de aprendizagem é o que direciona a organização do ensino. Dessa forma, o processo de ensino deve buscar o despertar para o conhecimento, apropriando-se de forma prazerosa.
Frente a esta reflexão propõe-se que as aulas sejam construídas com os alunos e não para os alunos. Nesse sentido, o aprender parte de uma concepção de aprendizagem onde ocorra a troca de experiências e o conhecimento seja apropriado de forma dinâmica.
No que tange no processo de ensinagem a ação de ensinar e aprender é, não mais do aprender, visa a construção coletiva do conhecimento. Haja visto que a aula deve ser planejada e não mais improvisada.
Nesse sentido o processo de ensinagem alia a ação de ensinar com a ação de aprender, onde simultaneamente, ocorrerá uma apropriação tanto do conhecimento, quanto do processo. Vale lembrar que o método dialético (S – O) proposto não visa o aprendizado significativo, mas preza a memorização mecânica.
No entanto, o método dialético defendido por teóricos, sinaliza que o pensamento passe da por uma afirmação para se chegar a uma síntese.
Assim, o aluno se confronta com o conhecimento, reconstruindo a visão inicial e por fim através da síntese se constrói um pensamento mais elaborado. O professor passa do detentor do saber, para mediar e orientar todo o processo de construção do conhecimento, em parceria com o aluno.
Frente as constatações assimiladas e comparações das concepções da aprendizagem, apresentadas, pode-se chegar a uma síntese mais fundamentada de que o professor deve assumir uma nova postura do processo de orientação e mediação de aprendizagem, desafiando, estimulando os alunos na construção de uma relação com o objeto de aprendizagem, tomando consciência dessa forma das necessidades de sua “clientela”.
Diante do exposto, as referências analisadas sobre o ensinar, o aprender e a ensinagem, torna-se objeto de análise da ação docente, haja vista, que os objetivos devem ser discutidos, juntamente com os conteúdos e metodologias utilizados, com estratégias necessárias para o aluno aprender e apropriar-se do conhecimento.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Modelo de avaliação de Língua Portuguesa

Colégio_______________________________________________________________
Prof.______________________________________data_______________________
Aluno(a)______________________________________________Série 5ª_______

Avaliação da II unidade- Língua Portuguesa
Leia o texto abaixo para responder as questões 1 a 5.

01- O título do texto é uma pergunta. Os argumentos apresentados no texto defendem que ponto de vista a respeito dos morcegos?
a) () Eles são vilões b) () Eles são vítimas c) () Eles são maus
02- Segundo o texto, os morcegos foram associados à ideia do mal porque
( ) vivem em cavernas, têm hábitos noturnos e não gostam da luz.
( ) são seres extraordinários e não sobrevivem em clima muito frio.
( ) porque sobrevivem em quase todas as regiões.
( ) porque têm grande capacidade de adaptação.
03- O segundo parágrafo chama atenção pela repetição excessiva do termo “morcegos”. Reescreva-o fazendo as adequações necessárias.
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“Os morcegos só não sobrevivem em regiões de clima muito frio”
A expressão em destaque pode ser substituída pelo pronome:
1. ( ) Elas b) ( ) Eles c) ( ) Ele d) ( ) Nós

05-Considere:
“Os morcegos surgiram há milhões de anos”.
A expressão em destaque indica:
1. ( ) tempo b) ( ) lugar c) ( ) negação d) ( ) modo

06- Lembrando que pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo analise se os pronomes seus e esses encontrados no primeiro parágrafo estão acompanhando n ou substituindo o nome? Classifique-os
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07- Que sentido o pronome algum indica?
( ) posse ( ) direção ( ) demonstração ( ) indefinição

08-Assinale a alternativa correta:
Os monossílabos são acentuados quando terminados em:
( ) i-u-s com ou sem o S ( )a-p-e com ou sem o S ( )a-e-o com ou sem o S

Observe as duplas de palavras e justifique a acentuação em uma das palavras de cada dupla.
(esta está) (metro-metrô) (pele-pelé)
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09-Agora ,relembrando a fábula assistida (o irmão urso) reconte –a.
Não se esqueça de inventar um título para sua fábula


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Boa Sorte

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

REFLETINDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA

REFLETINDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA


A avaliação representa um dos pontos vitais para o alcance de uma prática pedagógica competente e de um processo educativo eficaz, mas muitos são os entraves a cerca desse processo que acontece dentro dos âmbitos escolares.
A avaliação tem sido enfocada, principalmente, na sua dimensão técnica, classificatória, sobretudo no que se refere à construção de instrumentos válidos e fidedignos, deixando à margem outras dimensões importantes e necessárias para se promover uma educação significativa e eficaz.
Alguns autores, teóricos, como Luckesi, Hoffmann têm denunciado essa unilateralidade de abordagem avaliativa, hoje, aplicada, assim como a seletividade e a discriminação que a mesma tende a encobrir. Pois, a avaliação deve ser “um ato subsidiário da prática pedagógica com vistas à obtenção de resultados os mais satisfatórios possíveis diante do caminho de desenvolvimento de cada educando” (LUCKESI, 2003, p. 27).
Se o papel social do âmbito escolar é desenvolver as potencialidades dos alunos e torná-los aptos a exercer a sua cidadania, a finalidade da avaliação deve ser coerente com essa meta educacional / escolar. O ideal seria que o processo avaliativo contribuísse para que todo e qualquer aluno possa assumir poder sobre si mesmo, tendo consciência do que já é capaz e o que ainda necessita melhorar para alcançar novos patamares.
Neste contexto é que fiz uma reflexão sobre a minha prática pedagógica avaliativa desenvolvida nas minhas salas de aula, buscando identificar quais as falhas que eu estaria cometendo no desenvolvimento do processo avaliativo.
E foi com surpresa, após os estudos e atividades realizadas nas aulas da disciplina Avaliação Educacional, que percebi que muitas vezes cometi o er-
-ro, o ‘pecado’ em utilizar a avaliação como instrumento de classificação, atendendo ao que o sistema educativo impõe: valorização das notas, deixando à margem a qualidade, o percurso desenvolvido pelo aluno.
Percebi o quanto se faz necessário que se tenha um novo olhar para o processo avaliativo desenvolvido nos âmbitos escolares, para que se possa realmente desenvolver um processo de ensino-aprendizagem em que o aluno seja co-autor da construção do conhecimento, e o professor não seja o detentor do saber, mas o mediador deste.
A avaliação precisa ser vista além da mera aplicação de provas periódicas do ensino tradicional, ela necessita ser visualizada, entendida como um processo contínuo, de diagnóstico, diferente, e não como instrumento de punição, de certo ou errado.
Assim, é pertinente se fazer uma análise sobre a avaliação escolar no contexto educacional. Nesta perspectiva é as aulas desta disciplina proporcionaram esta análise e, consequentemente, a mudança das concepções que eu tinha com relação a avaliação, fazendo-se uma análise geral do como se processa a avaliação dentro do âmbito escolar, abordando novas perspectivas de uma nova prática avaliativa.
Deste modo, para que a avaliação torne-se parte integrante do processo de ensino-aprendizagem é mister a necessidade de concebê-la como “[...] uma bússola que direciona e sinaliza o melhor caminho a trilhar – avaliar para melhorar” (KRAMER, 1991, p. 27).
Portanto, não é mais admissível a avaliação classificatória, ainda praticada em alguns âmbitos escolares; onde a avaliação é utilizada de maneira reducionista, com a aplicação de instrumentos de coleta de dados, provas, testes, etc, meramente classificatórios, e a atribuição de notas ou conceitos como simples formalidade. O processo de avaliação é mais do que isso. As informações obtidas devem ser comparada com critérios e julgadas a partir do contexto em que foram produzidas. Dessa maneira, ajudarão o professor a compreender como anda o processo de ensino - aprendizagem que coordena em sala de aula; que em vez disso, serviria apenas para classificar o educando.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Avaliação da Aprendizagem: concepção de aprendizagem


Avaliação da Aprendizagem: concepção de aprendizagem


Durante muito tempo a noção de ensinar e de aprender ou apreender, tem sido mal interpretada.
Fernando Becker concebe a pedagogia diretiva – concepção tradicional como um processo fragmentado, fechado e centrado no papel do professor. Há quem ainda afirme que ensinou, mas o aluno que não aprendeu essa ainda é a realidade na prática educacional de muitos professores.

O professor é considerado o detentor do saber e o aluno mero receptor, o conhecimento é passado de forma passiva, no qual foi chamado por Paulo Freire de “Educação Bancária”. Nesta concepção os conhecimentos trazidos pelos alunos não são valorizados. E a avaliação nesse processo visa meramente classificar o aluno em bom ou ruim, possuindo aspectos punitivos e excludentes.

Já na concepção emergente ou construtivista o professor é mediador do processo de ensino-aprendizagem, e o educando é co-autor deste processo. Os erros são considerados como instrumentos para a construção do conhecimento. E a avaliação é concebida como um processo dinâmico, prazeroso e visa o desenvolvimento de habilidades e de uma reflexão mais apurada do processo de ensino-aprendizagem. Professor e aluno são parceiros no processo.

A base epistemológica que diferencia o sujeito do objeto na abordagem tradicional, é que o sujeito é o centro do conhecimento e o objeto é tudo que o sujeito não é. Neste enfoque, somente o professor é capaz de transmitir o conhecimento e o aluno é considerado como uma folha de papel em branco, ou seja, sem conhecimento.
Essa concepção empírica nega o sujeito o direito de construir o conhecimento, nega-lhe as potencialidades e acredita que os sujeitos são incapazes.

Mas, na abordagem emergente – a construtivista tem por sua base epistemológica colocando o aluno/sujeito e objeto como um processo de interação. Ambos são vistos como parceiros e responsáveis pela construção do conhecimento.
Para Anastasion a concepção de aprendizagem é o que direciona a organização do ensino. Dessa forma, o processo de ensino deve buscar o despertar para o conhecimento, apropriando-se de forma prazerosa.

Frente a esta reflexão propõe-se que as aulas sejam construídas com os alunos e não para os alunos. Nesse sentido, o aprender parte de uma concepção de aprendizagem onde ocorra a troca de experiências e o conhecimento seja apropriado de forma dinâmica.
No que tange no processo de ensinagem a ação de ensinar e aprender é, não mais do aprender, visa a construção coletiva do conhecimento. Haja visto que a aula deve ser planejada e não mais improvisada.

Nesse sentido o processo de ensinagem alia a ação de ensinar com a ação de aprender, onde simultaneamente, ocorrerá uma apropriação tanto do conhecimento, quanto do processo. Vale lembrar que o método dialético (S – O) proposto não visa o aprendizado significativo, mas preza a memorização mecânica.

No entanto, o método dialético defendido por teóricos, sinaliza que o pensamento passe da por uma afirmação para se chegar a uma síntese.

Assim, o aluno se confronta com o conhecimento, reconstruindo a visão inicial e por fim através da síntese se constrói um pensamento mais elaborado. O professor passa do detentor do saber, para mediar e orientar todo o processo de construção do conhecimento, em parceria com o aluno.

Frente as constatações assimiladas e comparações das concepções da aprendizagem, apresentadas, pode-se chegar a uma síntese mais fundamentada de que o professor deve assumir uma nova postura do processo de orientação e mediação de aprendizagem, desafiando, estimulando os alunos na construção de uma relação com o objeto de aprendizagem, tomando consciência dessa forma das necessidades de sua “clientela”.

Diante do exposto, as referências analisadas sobre o ensinar, o aprender e a ensinagem, torna-se objeto de análise da ação docente, haja vista, que os objetivos devem ser discutidos, juntamente com os conteúdos e metodologias utilizados, com estratégias necessárias para o aluno aprender e apropriar-se do conhecimento.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O TEXTO E SUAS IMPLICAÇÕES

O TEXTO E SUAS IMPLICAÇÕES




RESUMO


Objetivando compreender os aspectos, características que envolvem a produção textual, como a coesão e coerência textual, além do sentido do texto, é que se elaborou este paper. Conhecer as especificidades que permeiam a produção textual é de fundamental importância para que se possa compreender como se desenvolve um texto de forma compreensiva e significativa. Assim, a produção textual deve ser vista como a expressão oral do educando, a qual possui significado, coesão e coerência, proporcionando ao leitor a compreensão do que se quer explanar, transmitir. Portanto, conhecer e compreender como se processa a produção de textos e sua importância no contexto social é de suma importância para a formação de leitores e escritores competentes para o aumento do conhecimento que se possa construir acerca desta temática “O texto e suas implicações”.


Palavras - chave: Produção textual. Sentido e significado. Coesão e Coerência.



1 INTRODUÇÃO


Estudar as características principais de um texto, como a coerência, a coesão e o sentido, é abrir um novo mundo cognitivo sobre a produção textual. Assim, dentro do contexto educativo o texto deve ser uma constante para que os educandos tenham acesso e prática na elaboração, produção textual observando-se essas características, especificidades.

Assim, o texto no contexto educativo deve ser visto como forma de expressão do homem em que ele expõe suas críticas, seus sentimentos e constrói seu mundo, e por isso, constitui-se numa arte que denota a possibilidade do homem de criticar a realidade e expor suas emoções de forma significativa.

Dentro dos âmbitos escolares deve-se proporcionar aos educando o entendimento de que o escrever é interagir com o mundo, com o outro e consigo mesmo, tendo um sentido, significado. E desta forma, o educando poderá desenvolver competências em relação aos usos linguísticos, ter acesso aos bens culturais e alcançar a liberdade de participação no mundo letrado, assumindo sua própria palavra na produção de textos coerentes, coesos e eficazes.

O âmbito escolar deve ter por meta ensinar aos educandos a produzir textos em uma situação real de comunicação, pois a produção de textos dentro destes contextos pode criar objetivos que deem circulação social aos textos produzidos.

Portanto, o estudo e análise do texto e suas implicações possibilitarão um maior conhecimento sobre esta arte da produção que faz parte do universo humano, através do qual ele expressa seus sonhos, emoções e constroem novas realidades, novas visões de fatos que ocorrem na sociedade.


2 AS ESPECIFICIDADES DO TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA

Para entender e compreender as especificidades do texto torna-se necessário que o âmbito escolar promova um processo de ensino-aprendizagem que venha proporcionar aos educandos vivenciar a prática de produção textual, levando-se em consideração o interlocutor, a finalidade, as suas especificidades: coesão e coerência, além dos aspectos comunicativos e textuais.

Dessa forma, é preciso que o âmbito escolar organize o trabalho pedagógico para que os educandos experimentem, vivenciem a prática de produção de textos diversos no contexto da sala de aula. Neste sentido é que o documento Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa (1997, p. 68) sinaliza que:

É necessário, portanto, ensinar os alunos a lidar com a escrita da linguagem – os aspectos notacionais relacionados ao sistema alfabético e às restrições ortográficas – como com a linguagem escrita -, os aspectos discursivos relacionados à linguagem que se usa para escrever. Para tanto é preciso que, tão logo o aluno chegue à escola, seja solicitado a produzir seus próprios textos, mesmo que nãosaiba grafá-los, a escrever como lhe for possível, mesmo que não faça convencionalmente.

Pode-se afirmar que desde o contato inicial com a escrita, o educando precisa vivenciar a experiência de produzir seu próprio texto, pois é através desta relação estabelecida com a produção de textos bem como com a leitura destes é que os educandos poderão internalizar as particularidades do código linguístico, da variedade padrão da língua, criando suas habilidades e competências de leitores e escritores competentes.

É preciso que os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem entendam que para formar escritores competentes torna-se necessário desenvolver uma prática pedagógica que tenha por base o diálogo, possibilitando aos educandos a liberdade de escrever, ler e interpretar o mundo que lhe cerca,obtendo subsídios para refletir e criticar esta realidade.

Desse modo é que o objetivo do trabalho de produção de textos é a formação de escritores competentes e reflexivos. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais –Língua Portuguesa (1997, p. 65-66):

[...] um escritor competente é alguém que ao produzir um discurso, conhecendo possibilidades que estão postos culturalmente, sabe selecionar o gênero no qual seu discurso se realizará escolhendo aquele que for apropriado a seus objetivos e à circunstância enunciativa em questão [...] É alguém que sabe elaborar um resumo ou tomar notas durante uma exposição oral; que sabe expressar por escrito seus sentimentos, experiências ou opiniões. Um escritor competente é, também, capaz de olhar para o próprio texto como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante, obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até considerá-lo satisfatório para o momento.



Percebe-se, assim, que o trabalho de produção de textos deve evidenciar o uso da escrita em situações diversas. Desta forma, os educandos terão condições reais de desenvolver seu potencial crítico-reflexivo, apropriando-se de novas formas de expressão, com base na análise das características dos diferentes gêneros discursivos e na interação com interlocutores diversos, de maneira adequada e criativa.

Mas, para que esses educandos tenham essa formação é necessário que estes conheçam e compreendam algumas especificidades da produção de textos, tais como: a coesão, a coerência e o sentido que um texto deve ter para que tenha significado, seja de fácil leitura e compreensão dos leitores que tenham o acesso para lê-los.

Isto implica sinalizar que para um texto ter significância, sentido e seja compreendido é preciso que o escritor faça uso de elementos gramaticais corretos, tais como: conjunções, pronomes, preposições, advérbios na elaboração das frases que constituirão as orações e, consequentemente, os períodos.

Nesta perspectiva é que Simon (2008) pontua que “[...] Um texto bem construído e, naturalmente, bem interpretado, vai apresentar uma textualidade, ou seja, um conjunto de características que fazem um texto, e não uma sequencia de frases” (SIMON, 2008, p. 1).

Assim, quando o escritor emprega mal os elementos constitutivos de um texto, este texto não apresentará noção de conjunto, além de que a linguagem pode tornar-se ambígua e incoerente. Para se elaborara um texto é preciso, primeiramente, vê-lo como unidade mínima de significação, levando em consideração todas as concepções que permeiam a construção deste.

Neste sentido é preciso que o escritor/educando compreenda que existem dois elementos fundamentais para a construção de um texto com sentido e significância: a coesão e a coerência. E como primeiro passo, torna-se necessário que se tenha bem definido o conceito destes dois termos.

E para melhor compreensão destes elementos que Mattozo (2009, p.1) pontua que:

A língua possui duas faces básicas: estrutura e sentido. Essas faces estão interligadas como numa moeda. Para que a moeda seja moeda, é preciso que essas duas faces existam. O mesmo ocorre na língua, ou, falando de maneira mais direta, no texto.
[...]
A estrutura diz respeito ao esqueleto da língua. Seus "ossos" e ligações. É algo mais interno. Já o sentido está relacionado ao nosso conhecimento de mundo, sendo portanto, mais externo.
Bem, a coesão é a estrutura; a coerência, o sentido.



Percebe-se, assim, que tanto a coesão quanto a coerência são elementos, aspectos de grande importância para a significação de uma produção textual, pois eles geram a estrutura e o sentido que darão a textualidade de qualquer produção textual.

Numa releitura do conceito dado por Mazzoto (2009) aos elementos: coesão e coerência pode-se afirmar que a coesão textual irá trabalhar com a estrutura do texto, com a sua formatação, com as partes que compõem o texto; já a coerência relaciona-se com as ideias e estas só poderão ser desenvolvidas se o escritor/educando ter uma diversidade de informações acerca destas ideias.
Desta forma, outros autores pontuam, também, uma complementação para o conceito desses elementos – coesão e coerência, como Fávero (2003, p. 10):

A coesão, manifestada no nível microtextual, refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, as palavras que ouvimos ou vemos, estão ligados entre si dentro de uma seqüência. A coerência, por sua vez, manifestada em grande parte macrotextualmente,
refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, os conceitos e as relações sub jacentes ao texto de superfície, se unem numa configuração, de maneira reciprocamente acessível e relevante. Assim a coerência é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e não mero traço dos textos.



Desse modo, tanto a coesão quanto a coerência são elementos que pertencem ao corpo de qualquer estrutura textual, dando-lhe sentido e significância. Mas, para que uma produção textual seja realmente compreensível é preciso que o escritor, o autor do texto observe três princípios: “A Coerência depende, antes de mais, das relações de sentido que se estabelecem, de forma explícita, entre as palavras. Essas relações devem obedecer a três princípios: o princípio da relevância, o princípio da não contradição e o princípio da não redundância” (PLATÃO, 1998, p. 7).

Assim, ter estes três princípios em vista é o que tornará o texto compreensível por qualquer leitor, pois o universo textual deve ser determinado por uma sequência lógica de ideias que tenham sentido, isto implica afirmar que é a continuidade de sentido que constituirá a base para que este texto tenha coerência.

No que se refere ao elemento textual: a coesão, este sendo o modo como os diversos aspectos textuais – palavras, frases, etc., se inter-relacionam, deve ser observado, pois é este que dá unidade ao texto. Para tanto, existem vários mecanismos para o estabelecimento desta coesão, como pontua Platão (1998): “Há vários mecanismos de coesão: a substituição lexical, a repetição, a pronominalização, a definitivização, a articulação interfrásica, o tempo verbal, a anáfora, a catáfora e a elipse” (PLATÃO, 1998, p. 8).

Pode-se observar que a coesão é uma bússola de orientação para a necessidade
do emprego correto dos devidos conectivos e preposições que interligam as frases, orações, parágrafos, proporcionando a conexão sequencial dos fatos o que dá sentido e a devida compreensão da produção textual.
Outros mecanismos são pontuados por autores da área linguística para que se obtenha a coesão textual. Neste sentido que Mattozo (2009, p. 14) sinaliza que:

Para que o texto seja coeso, deve seguir pelo menos um dos mecanismos de coesão:
a)Retomada de termos, expressões ou frases já ditas.
b)Encadeamento de segmentos do texto,feito com conectores ou operadores discursivos, tais como então, portanto, mas, já que, porque [...]



Nota-se que a coesão vai além de um conjunto de palavras, frases, parágrafos, mas abarca a continuidade que se estabelece entre esses elementos, em que haja uma lógica entre as ideias – isto sendo a coerência.

Portanto, os elementos coesão e coerência estão interligados, um complementando o outro, permitindo que haja uma logicidade na produção textual, permitindo a qualquer leitor compreender o que se esta lendo, o que foi escrito, levando-se em consideração a relevância destes dois elementos: a coesão e a coerência.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após realizar os devidos estudos e análises da temática “O Texto e suas Implicações” para realização deste paper é possível afirmar que a produção textual não é um mero conjunto de palavras, frases, parágrafos, mas tudo isso com significância e sentido, pois a arte da palavra traz em seu bojo uma gama de significações que expressa a imaginação, o emocional, a ideia do autor do texto.

Através de uma produção textual é possível conhecer a intenção, ideia, o imaginário do autor, escritor, bem como obter o conhecimento sobre a estruturação, sentido e inter-relação que expressa o texto.

Assim, a partir destes estudos se observa que a produção textual envolve várias
implicações, tais quais: a coesão e a coerência, não sendo um texto qualquer, mas um texto que envolve sentido, significância, aquele que envolve, expressa o olhar daquele que escreve o texto, transpondo a imaginação, a emoção, permitindo ao homem construir novas realidades, verdades.

Portanto, a temática escolhida para realização deste paper permitiu conhecer e identificar a importância tanto da coesão quanto da coerência para que se tenha um texto compreensível e bem estruturado.


REFERÊNCIAS


BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais. São Paulo: Ática, 2003.

MATTOZO, Davinia. Coesão e Coerência. In: Baú de Palavras, 09/11/2009.

PLATÃO, Fiorin. Lições de textos: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1998.

SIMON, Maria Lúcia Mexias. Coesão e Coerência Textuais Conceito de Tópico. In: I Simpósio de Estudos Fiológicos e Linguísticos – FFP (UERJ), 2008.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

As tendências pedagógicas no contexto educativo

O desenvolvimento da sociedade bem como o desenvolvimento educacional demanda políticas educacionais de forma crescente, em que haja a aliança entre a teoria e a prática. Assim, torna-se necessário que a prática pedagógica seja condição de grande relevância para que se possa ofertar aos indivíduos/educandos que se encontram matriculados nos âmbitos escolares, métodos de ensinos e/ou projetos pedagógicos que incentivem a criatividade e favoreçam a aprendizagem significativa.

Desta forma, é que ao longo dos anos que surgiu uma diversidade de tendências pedagógicas que sempre visaram a melhoria do processo educativo para que se pudesse acompanhar as inovações que permeiam a sociedade na qual encontram-se inseridas, permitindo-se que os indivíduos sempre ousem com os olhos voltados para a transformação social.

Nesta perspectiva é que se justifica o estudo e reflexão sobre essa temática “As Tendências Pedagógicas no Contexto Educativo” para que se possa conhecer as diversas tendências pedagógicas que surgiram ao longo dos tempos, bem como os seus representantes e contribuições deixadas para a educação em prol de um desenvolvimento efetivo e eficaz do processo educativo, em que os educandos sejam reconhecidos como parte integrantes deste processo.

Portanto, através dos estudos e análises sobre a temática em questão buscou-se conhecer, não de forma exaustiva, as diversas tendências pedagógicas que permearam e permeiam o processo educativo brasileiro, especificadamente, evidenciando a relevância destas tendências para o processo educacional.

2 AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO EDUCATIVO

O sistema educacional brasileiro, especificadamente, viveu momentos contraditórios que em muito contribuíram para a enorme expansão do sistema educacional no decorrer dos tempos, e que permitiram o surgimento de inúmeras tendências pedagógicas que até a atualidade servem de fundamentação para o desenvolvimento do processo educativo.

As tendências pedagógicas originaram-se, assim, dos movimentos sociais e filosóficos, num dado momento histórico, que acabaram por propiciar a união das práticas didático-pedagógicas, com os desejos e aspirações da sociedade de forma a favorecer o conhecimento, a aprendizagem significativa.

Assim, a educação vista como responsável pela modernização da sociedade em prol de sua inserção no mundo globalizado e na era da sociedade do conhecimento, torna-se necessário que se conheça o percurso percorrido por este sistema no que concerne ao desenvolvimento das diversas tendências pedagógicas, estas sendo decorrentes dos condicionantes sócio-políticos.

As diferentes tendências pedagógicas implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem. Mas, vale ressaltar que todas as tendências pedagógicas tiveram e tem por função contribuir para o avanço da educação, desenvolvendo teorias, concepções do processo de ensino-aprendizagem que norteie as práticas pedagógicas, objetivando a melhoria da qualidade do ensino que é ministrado dentro dos âmbitos escolares.

Pois como sinalizam Luckesi (1994, p. 21):

Educar não significa simplesmente transmitir/adquirir conhecimentos. Existe, no processo
educativo, um arcabouço de representações de sociedade e de homem que se quer formar. Através da educação as novas gerações adquirem os valores culturais e reproduzem ou
transformam os códigos sociais de cada sociedade. Assim, não há um processo educativo asséptico de ideologias dominantes, sendo necessária a reflexão sobre o próprio sentido e valor da educação na e para a sociedade.


Neste contexto é que as diversas tendências pedagógicas buscaram criar condições para que o processo de ensino-aprendizagem aprimorar-se em prol da aprendizagem significativa que venha a atender à demanda da sociedade em tempos diferentes.

As ações educativas em sala de aula são permeadas por diferentes posicionamentos pessoais que condicionam diferentes arranjos de situações de ensino-aprendizagem, em que o agir planejado do educador é sempre uma ação intencional, por isso toda e qualquer tendência pedagógica que este venha a adotar estará subjacente uma intenção, principalmente no que se refere ao indivíduo que se quer formar.

Desta forma é que as tendências pedagógicas trazem em seu cunho concepções didático-pedagógicas coerentes com a formação que se quer propiciar aos educandos, pois a partir das ações desenvolvidas se contribuirá para a condução de um trabalho educativo mais consciente, baseado nas demandas atuais da sociedade.

Por isso que Santos (2012, p. 1) em seu artigo pontua que:

O conhecimento dessas tendências e perspectivas de ensino por parte dos professores é fundamental para a realização de uma prática docente realmente significativa, que tenha algum sentido para o aluno, pois tais tendências objetivam nortear o trabalho do educador, ajudando-o a responder a questões sobre as quais deve se estruturar todo o processo de ensino, tais como: o que ensinar? Para quem? Como? Para quê? Por quê?

Assim de acordo com o momento cultural e político da sociedade em cada tempo, época, é que foram constituídas as inúmeras tendências pedagógicas, as quais os educadores necessitam conhecer para melhor construir, constituir sua prática educativa.

Neste sentido é que o professor Saviani (1997) propõe “[...] a reflexão sobre as tendências pedagógicas. Mostrando que as principais tendências pedagógicas usadas na educação brasileira se dividem em duas grandes linhas de pensamento pedagógico. Elas são: Tendências Liberais e Tendências Progressistas” (SAVIANI, 1997, p. 7).

Desse modo, essas linhas de pensamento pedagógico são decorrentes dos momentos, épocas
que os diversos teóricos, como Skiner, Watson, Vygotsky, Wallon, dentre outros, viveram nas diversas sociedades, buscando aprimorar e/melhorar a qualidade do sistema educacional destas sociedades, em prol da formação integral dos educandos.

Assim, as Tendências Pedagógicas Liberais marcaram a Educação Brasileira nos últimos 50 (cinquenta) anos, sendo às vezes conservadora e em outra renovada. Essa Tendência divide-se em quatro subgrupos: Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada, Pedagogia Tecnicista e Pedagogia do Escolanovismo.

Com relação as Tendências Pedagógicas Progressistas estas e são tendências que partiram da análise crítica das realidades sociais que sustentam as finalidades sócio-políticas da educação. Dentre essas tendências pode-se elencar: Pedagogia Libertadora, Pedagogia Libertária e Pedagogia Histórico-Crítica.

Sabe-se que lidar com o processo de ensino-aprendizagem não é nada fácil nem mesmo simples, mas é algo complexo, árduo, devido à grande diversidade de indivíduos/educandos, daí reside à importância de se conhecer as diversas tendências pedagógicas para que o educador tenha a compreensão dos fenômenos que rodeiam o processo de desenvolvimento e aprendizagem dos educandos, permitindo, assim, ao educador construir sua prática embasada nestas tendências.

Pois, como sinaliza Luckesi (1994) “[...] a Pedagogia não pode ser bem entendida e praticada na escola sem que se tenha alguma clareza do seu significado. Isso nada mais é do que buscar o sentido da prática docente” (LUCKESI, 1994, p. 7).

Desta forma, para que o processo de ensino-aprendizagem seja significativo e obtenha resultados satisfatórios, principalmente, para os educandos, é que se torna necessário reconhecer que dentro dos âmbitos escolares perpassam as diversas tendências pedagógicas, e que estas são subsidiadas pela questão cultural com sua multiplicidade e diversidade, pois sem esse reconhecimento o planejamento e a construção idealizada da vida e do trabalho no âmbito escolar tenderão ao fracasso.

Assim, para se oferecer uma educação de qualidade e, consequentemente, garantir o sucesso do processo de ensino-aprendizagem é preciso ter uma fundamentação teórica sobre as tendências
pedagógicas tanto as tendências liberais quanto as tendências progressistas.

A partir da vertente das tendências pedagógicas liberais, segundo Fogaça (2011) estas “[...] sustentam a ideia de que o aluno deve ser preparado para papéis sociais de acordo com as suas aptidões, aprendendo a viver em harmonia com as normas desse tipo de sociedade, tendo uma cultura individual” (FOGAÇA, 2012, p. 2).

É nesta perspectiva que Libâneo (1990, p. 14) sinaliza que:


[...] a pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura individual. Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.



Essa tendência pedagógica ramifica-se em quatro (04) correntes pedagógicas, as quais podem ser sintetizadas assim:

 Pedagogia Tradicional – o professor é visto como a autoridade máxima, um organizador dos conteúdos e estratégias de ensino e, portanto, o único responsável e condutor do processo educativo. Tendo por representante principal os jesuítas.
 Pedagogia Renovada - O centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem. “Trata-se de “aprender a aprender”, ou seja, é mais importante o processo de aquisição do saber do que o saber propriamente dito” (LUCKESI, 1994, p. 58). Sendo seus representantes: Carl Rogers, John Dewey, Maria Montessori, Ovide Decroly, dentre outros.
 Pedagogia Tecnicista - Segundo Luckesi (1994) a prática pedagógica é altamente controlada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas inseridas em uma proposta educacional rígida e passível de ser totalmente programada em detalhes. Seus representantes são Skinedr, Watson, Gagné, Bloon, etc..
 Pedagogia do Escolanovismo - É um método centrado no aluno, onde o âmbito escolar tem o papel de formador de atitudes, preocupando-se mais com a parte psicológica do que com a social ou pedagógica. Sendo um dos seus representantes Anísio Teixeira.
Reportando-se para as Tendências Pedagógicas Progressistas estas, também, se ramifica em três (03) correntes pedagógicas:

 Pedagogia Libertadora - visa levar educadores e educandos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social, valorizando-se a experiência vivida como base da relação educativa. Um dos seus representantes é Paulo Freire.
 Pedagogia Libertária - Transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário; é uma pedagogia não diretiva, em que o educador é orientador e os educandos livres. Tem por representantes: Lobrot, C. Freinet, Miguel Gonzales, Vasquez, dentre outros.
 Pedagogia Histórico-Crítica – nesta pedagogia o papel do educando é como participador e do educador como mediador entre o saber e o educando. O âmbito escolar não é uma mera reprodutora da estrutura social vigente, mantêm relações de reciprocidade com a mesma , de transformação. Tem por representantes: Makarenko, B. Charlot, Suchodolski, Manacorda, G. Snyders, Demerval Saviani, etc..

Enfim, todas as tendências possuem uma importância para o processo educacional, contribuindo em seu tempo com o desenvolvimento da educação. Mas, vale ressaltar que nenhum tipo de tendência é superior a outra, mas todas se completam e possuem seu valor educativo, bastando assim que o educador tenha esse conhecimento para embasar sua prática pedagógica.

Portanto, a partir do embasamento destas tendências pedagógicas é que a educação escolar é idealizada, considerando-a muito influente e capaz de contribuir para a transformação das práticas sociais e culturais necessárias, assumindo-se uma nova posição mais realista e significativa para o desenvolvimento não só da sociedade, mas, consequentemente, da educação.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto deve-se compreender que o estudo e análise da temática “As tendências Pedagógicas no contexto educativo” é de grande relevância, pois obtém-se um conhecimento mais conciso sobre as diversas tendências pedagógicas, sabendo-se o caminho a trilhar para efetuar uma prática pedagógica com qualidade e de modo satisfatório.

Desta forma, torna-se necessário que se efetivem mais ações didático-pedagógicas que pro-
-movam o estudo e análise das diversas tendências pedagógicas, para que se possa atender as exigências da sociedade em que se encontra inserido os âmbitos escolares, na promoção de uma educação escolar com qualidade e significância, em que o educando construa seu próprio conhecimento.

Nesta perspectiva, é que o estudo desta temática foi de grande relevância para o meu crescimento pessoal e educativo, pois através deste obtive novos saberes a cerca das tendências pedagógicas que permearam o universo educacional.

Portanto, o conhecimento das tendências pedagógicas no contexto escolar é de suma relevância dentro dos espaços educativos, pois é através destas que se obtém novas informações sobre uma diversidade de práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Além disso, este conhecimento obtido proporcionam o avanço do saber já construído, favorecendo a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento.


REFERÊNCIAS


FOGAÇA, Jennifer. Tendências Pedagógicas Brasileiras. Disponível em: http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/tendencias-pedagogicas-brasileiras.htm Acesso em 21/11/12.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1990.

LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez , 1994.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1997.

SANTOS, Roberto Ferreira dos. Tendências pedagógicas: o que são e para que servem. In: 7º Seminário de Práticas Educativas: componente curricular do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Conselho do idoso e sua importância


O número de idosos no Brasil já atinge cerca de 30% da população, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2000) e a expectativa de vida atinge aproximadamente os 74 anos segundo dados da mesma instituição IBGE (2010), devido à diminuição das taxas de mortalidade e fecundidade.

No entanto, nos tempos atuais, não se considera somente a questão de viver, mas, sim, ter uma vida saudável e com qualidade, de forma autônoma, tendo a possibilidade de aperfeiçoamento da cidadania para o benefício de todos.

Com isso, surge o interesse de estudar, analisar a promoção da vida e do envelhecimento
com qualidade e bem estar, fazendo-se uma análise do espaço específico de acolhimento do idoso, para elaborar um paper que favoreça um olhar mais abrangente e específico ao estudo sobre a terceira idade, o idoso e o seu bem estar nesta etapa da vida.
Devido ao grande número de idosos existentes na sociedade atual, e, também pelos mitos em torno do envelhecimento, é que se torna necessário que se tenham leis, organizações, conselhos que venham valorizar as experiências destas pessoas e assegurar os seus direitos proporcionando-lhes uma melhoria em sua vida.
Nesta perspectiva é que se torna relevante o estudo desta temática “Conselho do Idoso e sua Importância” buscando-se conhecer a importância dos conselhos do idoso para a construção de sujeitos sociais de direitos e na defesa destes direitos.
Portanto, a criação do conselho do idoso é de suma relevância para essas pessoas que muitas das vezes não tem seus direitos respeitados, bem como uma qualidade de vida coerente com esta fase da vida para que eles sejam aceitos, acolhidos e amados nesta sociedade que se desenvolve cotidianamente deixando à margem à experiência, os idosos.


2 O CONSELHO DO IDOSO E SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE


No Brasil, o número de pessoas com mais de 60 anos de idade tem aumentado substancialmente em função da elevação da expectativa de vida mundial, e juntamente com estas pessoas crescem as suas necessidades que são variadas e, assim, exigem políticas públicas diferenciadas que tenham um olhar mais voltado para essa fase da vida.

Mas, observa-se que envelhecer na atualidade, dentro desta sociedade que se desenvolve tecnologicamente em passos largos, é um grande desafio, pois os idosos são considerados seres ‘inúteis’, que atrapalham a vida de outros, que não tem mais serventia, que só atrasam a vida daqueles que são responsáveis por eles. E para constatar isso é que Couto (2004, p. ) denota que:

Envelhecer com qualidade de vida é o principal desafio, onde o problema da seguridade social, a diminuição da população ativa e o aumento do contingente de idosos que esta terá que sustentar trazem à tona a questão da previdência social. Corrigir distorções por meio da reforma previdenciária é fundamental na opinião de especialistas “do contrário a situação do Brasil vai chegar a um impasse em poucos anos.


Envelhecer é um problema dentro desta sociedade que só visa e valoriza os jovens, acreditando que os idosos já não podem contribuir em nada para o desenvolvimento social. Partindo
desta concepção é que Soares & Rodrigues (2006) sinalizam que: “[...] Nesse cenário social de predomínio da efemeridade e da não permanência, há pouco espaço para os idosos que acabam por ficar desprotegidos e marginalizados, contexto esse que tem como resultado a dificuldade de auto- aceitação e mesmo de rejeição, por parte do idoso, de seu próprio envelhecimento” (SOARES; RODRIGUES, 2006, p. 5).

Os indivíduos da terceira idade, na maioria das vezes estão à margem da sociedade brasileira, sendo excluídos justamente num momento que poderiam dar valiosas contribuições em muitas áreas, por meio de seus conhecimentos e experiência de vida. Devido ao preconceito e a discriminação é que Ferreira & Pio (2001) pontuam que “[...] A imagem estereotipada da incapacidade aliada à idade está presente na família, nos meios de comunicação, na própria comunidade que nega o indivíduo no espaço” (GANDOLPHO; NOVAES, 2002, p. 21).

O que se pode notar é que a terceira idade é uma das fases da vida mais importantes e mais difíceis, pois com o envelhecimento o indivíduo sofre uma série de mudanças no organismo, ficando mais sensível a doenças, o que pode deixar o idoso depressivo e estressado.

É preciso que haja uma conscientização tanto para os responsáveis pelos idosos quanto para eles mesmos para que não se rejeitem e nem mesmo sejam tratados como coitadinhos, doentes. Pois, como sinaliza Morangas (1997, p. 27):

[...] a velhice não é uma doença em si mesma, mas a probabilidade de adoecer durante a velhice e de que a doença deixe aquelas sequelas no organismo é muito maior do que em outras etapas da vida. Portanto é necessário que o sujeito seja “preparado” para essa etapa da vida, que o mesmo possa ter consciência, da importância de envelhecer com qualidade [...]



Para tanto, é preciso que se promovam ações que devem ter como objetivo maior a integração do idoso ao seu meio, procurando mantê-lo com o máximo de capacidade funcional e independência física e mental, na tentativa de evitar ou minimizar muitas das vezes a marginalização, o esquecimento familiar, o desprezo, o que pode acarretar sentimentos de melancolia e depressão.

Por isso, que Veras (1997) sinaliza que “[...] O principal objetivo das medidas preventivas na terceira idade não é reduzir as taxas de mortalidade, mas melhorar a saúde e a qualidade de vida dos idosos [...]” (VERAS, 1997, p. 49). Assim, as atividades, além de proporcionar momentos prazerosos e retirar o idoso da ociosidade, envolvem questões importantes como estímulo dos mecanismos cognitivos, tais quais: memória, atenção, percepção, raciocínio, julgamento, criatividade; integração intra e interpessoal. A realização de atividades é um meio privilegiado de o idoso obter bem-estar psicológico e físico.

Miranda (2003) em seus estudos ainda afirma que “A atividade em geral, seja física ou de
ordem, é uma variável frequentemente citada na literatura como sendo de grande relevância para a qualidade de vida na velhice” (MIRANDA, 2003, 67). A atividade oferece ao idoso significado e satisfação à existência, quer pelo compromisso e responsabilidade social, quer pela oportunidade de manter convívio social.

O Estatuto do Idoso foi criado tendo por objetivo consolidar direitos já assegurados na Constituição Federal de 1988, protegendo, principalmente, o idoso em situação de risco social. Mas, no próprio estatuto é abordada a importância que a família tem em assuma sua responsabilidade para com os idosos deste clã, pois segundo o Estatuto do Idoso - Lei 10.741 (2003):

Artigo 3º Título I: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.



Assim, é preciso que a família, principalmente, não renegue esta fase da vida do desenvolvimento humano: a velhice, acolhendo seus idosos, buscando proporcionar-lhes condições de vida de qualidade, além de valorizar suas experiências. Percebe-se, ainda, a partir da leitura do artigo 3º do Estatuto do Idoso que não é somente a família que exerce um papel preponderante na obtenção de melhores condições de vida para o idoso e, sim, a participação conjunta destes com a comunidade, a sociedade e o poder público.

Objetivando cumprir o que estabelece a Lei 10. 741 (2003) é que os governantes adotaram políticas públicas favoráveis ao idoso, como a criação de ambientes propícios para que o idoso compartilhe suas experiências com as gerações mais jovens, resguardando-se todos seus direitos humanos e o cuidado da família. A possibilidade de estes desenvolverem seu potencial, participando de atividades culturais e educacionais que permitam o desenvolvimento simultâneo da
socialização e da participação.

É neste contexto que foram criados os Conselhos do Idoso, sendo de fundamental importân-
-cia o seu papel na construção de sujeitos sociais de direitos e na defesa destes direitos, “[...] sendo este importante instrumento de controle democrático das ações governamentais e privadas desenvolvidas para um efetivo atendimento ao idoso, garantindo o direito de participação do cidadão [...]” (MAFRA, 2010, p. 7).

Assim, o Conselho do Idoso tem por objetivo maior cuidar dos direitos do idoso, como muito bem expõe Furquim (2010, p. 7):

O Conselho do Idoso é um órgão de representação dos idosos, e de interlocução junto a comunidade e aos poderes públicos na busca de soluções compartilhadas.
O Conselho deve estar em sintonia com as políticas nacional e estadual e se adequar as regras e leis aprovadas e regulamentadas.
O Conselho municipal deve promover amplo e transparente debate das necessidades e anseios dos idosos, encaminhando propostas aos poderes municipais, principais responsáveis pela execução das ações. O papel do Conselho e consultivo, normativo, deliberativo e formador de políticas dirigidas a pessoa idosa.


Percebe-se que o Conselho do Idoso que foi criado pela Lei nº 218, de 26 de dezembro de 1991, “ [...] o qual, a par de suas atribuições, recebeu no Estatuto os encargos de fiscalizar as entidades privadas prestadoras de serviços de assistência a idosos e, também, coordenar a elaboração da proposta orçamentária para promoção e assistência social do idoso [...]” (SILVA, 2007, p. 7).

Desta forma, é criado mais um mecanismo de fiscalização dos direitos dos idosos. Mas, sabe-se que isto não é suficiente, pois o que se torna necessário realmente é a valorização destas pessoas que muito já contribuíram na sociedade, a qual nesta fase lhe rejeita, pois é preciso que se tenha uma nova visão sobre os idosos, como sinaliza Salgado (1996, p. 21):


[...] a questão social dos velhos não pode continuar sendo secundarizada, nem sendo objeto de políticas tímidas e soluções menores. A existência plena não é propriedade dos jovens, é um direito de todos os que estão vivos. Os velhos têm algumas décadas a mais de cidadania do que os jovens. Se isso não lhes confere a precedência, lhes dá, pelo menos, o direito de lutar por uma melhor qualidade de vida.


Portanto, não basta criar leis, decretos, instituições de proteção e cuidado para os idosos, torna-se necessário primeiramente é que as pessoas se conscientizem que a velhice faz parte do desenvolvimento humano e que todos irão passar por ela, então deve-se respeitar e valorizar esta etapa da vida pois os idosos ainda tem muito a contribuir para o desenvolvimento social com suas experiências.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Promover ações de conscientização na sociedade atual para que compreendam e valorizem os idosos atenda é um trabalho bastante complexo, mas necessário, pois possibilitaria a convivência saudável e construtora com as pessoas idosas, onde as relações sociais estabelecidas geram o respeito, a valorização e a cooperação entre todos os envolvidos.

Assim, torna-se urgente que sejam criadas políticas públicas que venham promover esta inter-relação para que se possa diminuir na sociedade as atitudes de exclusão, discriminação e/ou preconceitos que geram uma divisão social e à marginalização dos indivíduos com mais de 60 anos de idade.

Mas, percebe-se que através de lutas, campanhas, movimentos muito já se têm feito em prol da inclusão social e familiar dos idosos, necessitando que os entraves existentes sejam sanadas, para que estes indivíduos possam envelhecer e viver com mais dignidade e qualidade de vida, pois todos sairão ganhando, pois se construirá uma nova sociedade em que todos têm voz e vez independente de suas peculiaridades, de sua idade cronológica.

Portanto, há uma urgência para que o Conselho do Idoso tenha uma maior eficacidade dentro do contexto social, compreendendo-se a necessidade de acompanharem os idosos para que tenham seus direitos respeitados e garantidos, tornando o espaço em que estejam inseridos esses idosos num ambiente inclusivo, proporcionando-lhes o exercício de sua cidadania como qualquer outro ser humano em qualquer fase da vida.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Estatuto do Idoso – Lei nº 10. 741. Brasília, 2003.

COUTO, Berenice Rojas. O Direito Social e a Assistência Social na sociedade brasileira: uma equação possível? São Paulo: Cortez, 2004.

FURQUIM, Sérgio Francisco. Conselho do Idoso: finalidades e contribuições. São Paulo: Cortez, 2010.

GANDOLPHO, Maria. NOVAES, Márcia. A Imagem da Velhice.In: Revista Nursing. São Paulo, jul. 2002.



MAFRA, Flávia Luciana Naves (org.). A inserção do idoso na sociedade contemporânea. In: XIV SemeAD – Seminários em Administração, outubro de 2011.

MIRANDA, M. L. J.; GODELI, M. R. C. S. Música, atividade física e bem-estar psicológico em idosos. São Paulo: R. bras. Ci. e Mov., 2003.

MORANGAS, Ricardo. Gerontologia social: envelhecimento e qualidade de vida. São Paulo: Paulinas, 1997.

SALGADO, M. Envelhecimento Populacional: uma agenda para o final do século. In: Anais do I Seminário Internacional. Brasília, 1996.

SILVA, Marysia Alves da. Os Conselhos do Idoso: um estudo do período. In: Revista FRAGMENTOS DE CULTURA, Goiânia, v. 17, n. 3/4, mar./abr. 2007.

SOARES, Geraldo Antonio; RODRIGUES, Lizete Souza. Velho, Idoso e Terceira Idade na Sociedade Contemporânea. In: Revista Ágora. Vitória, n.4, 2006.

VERAS, R. País Jovem com Cabelos Brancos: a saúde do idoso no Brasil. Rio de Janeiro: Relume/Dumará, 1997.
Veja o resumo desse artigo em http://vejaaky.wordpress.com/

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